Ela arraza!
Foto: Divulgação/Maxim
Alinne Moraes confessou que entrou em depressão junto Luciana, sua personagem em "Viver a Vida", novela da Rede Globo. Em entrevista ao jornal "Extra", a atriz revelou que, na época do acidente que deixou a modelo tetraplégica, ela sofreu e chorou muito com sua personagem. 
Alinne Moraes revela que chorou junto com sua personagem
"Foi o momento mais difícil que vivi como atriz. Fiquei mal mesmo, estranha. Sempre trabalhei muito bem sob pressão, mas foi muito, foi demais pra mim. Não sabia que seria tão denso, pensei que seria mais simples. Não consegui sair facilmente da depressão em que Luciana me colocou", disse.
A atriz ainda contou que foi difícil gravar durante vários dias numa maca, imóvel, usando máscara de oxigênio de verdade.
"Graças a Deus não tenho fobia, mas começou a me dar. Porque eram dez horas seguidas gravando assim, toda presa com aqueles cintos da maca. Como sou magra, meu cóccix doía. E não podia me mexer. Foi aí que vi que seria muito mais complicado do que eu imaginava".
Com a enorme quantidade de gente ao seu redor nas sequências pós-acidente, Aline contou que se sentia sufocada, sem espaço para respirar.
"Eu era o objeto da cena. Ou eles estavam falando comigo, ou me tocando, me pegando. A sensação que me dava todo dia quando eu saía do Projac era de que precisava ficar sem falar com ninguém, que ninguém podia me tocar! Eu me sentia o Incrível Hulk! Sabe quando você está numa roupinha muito apertada, muito apertada? Cara, era insuportável, insuportável. Eu começava a suar, era uma sensação péssima".
Sua entrega ao trabalho foi tanta que, em alguns momentos, a atriz chegou a reagir como se fosse mesmo sua personagem. Na cena em que Luciana fica sabendo que está tetraplégica, por exemplo, teve taquicardia de verdade e precisou ser amparada por Lília Cabral e José Mayer, que vivem Tereza e Marcos, seus pais na novela.
Nesse período turbulento, a atriz voltou até a fazer terapia para tentar entender todo o processo. Uma ajuda essencial que, segundo ela, agora já não é mais necessária.
Outra curiosidade foi que Alinne conseguia separar sua vida pessoal da vida de Luciana quando dirigia seu carro.
"Adoro dirigir. Mas estava usando o motorista da produção porque meus horários estavam muito loucos, tinha que usar o tempo de deslocamento para decorar os textos. Com isso, deixei de ser independente, a Alinne também passou a depender das pessoas Quando percebi o quanto isso estava me fazendo mal, voltei a pegar meu carro. Acho que começou a me libertar um pouco, era algo que me desligava da personagem", revelou.
Quanto ao destino de sua personagem, Alinne afirmou que gostaria que Luciana não voltasse a andar.
"Ela não deve andar. Um monte de garotas e adolescentes que não tinham com quem se identificar estão se identificando com a Luciana. Muitas estão parando para reavaliar a própria vida, para entender que podem, sim, sair à rua, podem, sim, tentar modificar a cabeça das pessoas para que elas sejam enxergadas como devem ser. A Luciana é a Cinderela da cadeira de. Se ela voltar a andar, todas essas meninas vão achar que a felicidade delas está nisso. Por isso, adoraria que Luciana ficasse na cadeira de rodas", finalizou.
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